terça-feira, 12 de maio de 2015

Poema da Quinzena

Viagem
Quantas mortes,
Quantos renascimentos
Uma só alma contém! 
Viagens já esquecidas,
Mágoas que deixaram invisíveis feridas!
Há quem renasça mais forte,
Há quem renasça mais fraco
E após tantos renascimentos
Renasci mais de mil vezes
Entre a força e a fraqueza
Desta minha condição humana,
Procurando respostas sem saber onde as encontrar!
Caminho, respiro, alimento meu corpo...
Mas não sei onde fiquei nestas minhas últimas mortes!
Onde ficou minha alma?
Onde ficou minha essência?
O meu eu e o que consigo fazer?!
Adormeci e não acordei livre...
Mendigando amor onde não existe
Porque aquele que amei ou amo
Me feriu incessantemente
Como uma criatura cruel e sem noção dos seus actos.
Devo estar espalhada pelo universo
Em partículas minúsculas,
Invisível como microrganismos ou átomos!

O meu corpo procura-me
Mas estando ele tão fraco,
Assim como a minha alma,
Contaminada pela dor, mágoa e desconfiança
Ou pura e simplesmente
Desilusão,
Não pode encontrar-me.
-Gritos Silenciosos, Patrícia M.Pereira

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